Espiritismo e Filosofia
O espírito caracteriza-se pela consciência de si mesmo, certo grau de inteligência, e a capacidade de fazer escolhas em função de seus valores (o exercício do livre-arbítrio). Com isso, é capaz de dar sentido, significado à sua existência, e é o conhecimento acumulado através de suas experiências, vivências e convivências, que possibilita esta situação.
Mário e Oswaldo Branco
O espírito caracteriza-se pela consciência de si mesmo, certo grau de inteligência, e a capacidade de fazer escolhas em função de seus valores (o exercício do livre-arbítrio). Com isso, é capaz de dar sentido, significado à sua existência, e é o conhecimento acumulado através de suas experiências, vivências e convivências, que possibilita esta situação.
O
espírito enfrenta situações, questões, desafios em sua trajetória que serão
superados em função do conhecimento acumulado. Conhecimento que permite romper
seus limites, assim como possibilita construir elementos novos.
Considerando
o espírito através desta perspectiva, a Doutrina espírita pode ser entendida
como um conjunto de instrumentos e instruções para que o espírito alcance o
exercício pleno do livre-arbítrio. A Doutrina como conjunto de princípios e
fundamentos, que são desdobrados em um sistema de ideias de acordo com o
entendimento alcançado.
O
sistema de ideias, pela soma de todo o conhecimento alcançado em determinado
momento, possibilita uma visão de conjunto, uma cosmovisão, que sustenta
linguagem, ações, comportamentos, no presente e constrói o futuro do espírito. Para
tal, a Doutrina considera todo o conhecimento alcançado, construído, uma
unidade do conhecimento: didaticamente dividido em conhecimento subjetivo e
objetivo, conhecimento prático, conhecimento religioso, filosófico e
científico.
O conhecimento
religioso pode ser considerado como o conhecimento que a cultura humana
acumulou e está construindo, sobre as questões da origem, gênese, sentido,
significado de tudo o que existe, e a ação correspondente a estes entendimentos
(moral). Conhecimento que está presente desde que o ser ultrapassa o limiar da
autoconsciência.
A
filosofia surge, de acordo com a história, no século VI a.C. com Tales da
cidade grega de Mileto, na Ásia Menor. Ele e alguns de seus seguidores
desenvolveram uma proposta de encontrar respostas para questões que não se
baseavam mais na tradição ou autoridade, mas na reflexão crítica sistemática.
Iniciaram
um processo crítico sistemático de tentativas de respostas às questões mais
significativas, às questões limítrofes do entendimento, às questões últimas, a qualquer
questão de interesse do homem. Respostas que não eram mais arbitrárias, mas sustentadas
por argumentações, que buscavam a maior coerência e consistência possível, e
assumiam os desdobramentos lógicos das posições sustentadas.
Respostas
objetivas, justificadas por argumentações, criticadas, avaliadas por outras
pessoas, que poderiam aceita-las ou não, utilizando-se de novas argumentações, em
um processo aberto, ampliando a compreensão de questões muito importantes para
todos.
Questões
limítrofes ao entendimento, mas fundamentais para a existência, passaram a ser
abordadas pela filosofia como a existência, o ser, a vida, o conhecimento, a
verdade, a justiça, a liberdade, o amor, o bem, os valores, o certo, a lógica,
etc.
A Filosofia
espírita elabora respostas para estas questões e não é possível compreender o
Espiritismo sem conhece-las.
Ao
mesmo tempo, como, para a Doutrina, é fundamental a capacidade de fazer
escolhas, as atitudes e posturas filosóficas do espírito são essenciais para
qualificar o seu exercício do livre arbítrio.
1
Filosofia geral
2.
Por que a filosofia faz parte da Doutrina espírita?
3.
O que é a filosofia espírita?
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